Não sei bem o que aconteceu... Mas quando acordei e olhei para os lados só vi pessoas estranhas, caminhando sem rumo. Fiquei assustada, não sabia se pedia ajuda ou se se chorava. Eu só queria poder encontrar minha mãe. Ela me daria o conforto que eu precisava.

Continuei andando por aquele lugar desconhecido e povoado de pessoas apressadas e que não enxergavam. Eu estava me sentindo tão triste e solitária como nunca me senti antes. Eu poderia caminhar por todas as direções e ninguém dava importância para minha presença.

Algumas pessoas passavam do meu lado, se esbarravam e alguns pareciam que iam me pisar. Eu estava ali naquele lugar, mas era um ser invisível e desprezado, ninguém se importava com minha presença e meus sentimentos. E por mais que tentasse chamar a atenção ainda assim, ninguém me notava. Eu não entendia a razão de tanto desprezo. 

O jeito era continuar caminhando , mesmo com a indiferença de todos que estavam naquele lugar. Eu não poderia desistir, mesmo sem a compreensão das pessoas, e sendo apenas mais um invisível. E assim continuei até encontrar uma luz forte e brilhante que vinha bem na minha frente. Não sabia que luz era aquela, mas ficava mais perto e maior a cada passo que eu dava. E continuei com minha caminhada.

Chegando ao encontro da luz enorme e brilhante, vi o céu azul, grandes árvores e as mesmas pessoas que me ignoravam também estavam por lá. Quando de repente ouço uma voz conhecida na multidão. Olho para cima e vejo um rosto muito familiar.

Sim, é a minha mãe. Ela está em cima da árvore mais bonita. Olha carinhosamente para mim e diz: "Venha até aqui. O lugar dos pássaros é aqui em cima. Vamos voar para casa."

(O post de hoje foi inspirado no texto da Giovana, do blog designer mania. Visitem e conheçam o texto dela também.)