Eu só estava quieta, sentada. Era um dia como os outros. Eu fiquei sentada na minha cadeira, pensando no próximo post para o blog. Lá fora um sol muito forte e um clima muito quente, coisa do verão e sei que esse calor traz muitos invasores para dentro da minha casa.

Enquanto estou na frente do computador vejo o primeiro intruso na minha casa. Chega de mansinho, devagar, como se eu não estivesse ali observando seus movimentos. O pequeno passeio parece bom por que fica por alguns minutos indo de um lado para o outro.

Depois que algum tempo percebo que tem outro ser me observando. Fica imóvel, mas sei que está olhando para mim. Quando eu me mexo, sai correndo de medo por que acha que vou fazer algo de mal. Só que eu não sou tão malvada assim e continuo só olhando.

Eu tenho muitas coisas para fazer e acabo me esquecendo que a casa está cheia de invasores. Mas quando levanto e vou na direção do doce que fiz para postar no blog... meu sentimento de ódio e raiva nascem do fundo de minha alma e tudo que desejo é matar.

Mas alguns segundos de reflexão vejo que talvez eu seja a invasora. Eu destruí o lar daquelas criaturas e agora devo aprender a conviver com isso. O doce terá que ir para o lixo, o veneno em minhas mãos voltará para o armário e para mim só me resta escrever mais um texto.

Mais um texto para me acalmar e me libertar dos sentimentos de raiva e ódio. A culpa é minha por que aqueles invasores só queriam comer. Eles só estavam se reunindo para o chá das cinco por que quando o inverno chegar ficaram escondidos em suas casas para se protegerem do frio.

Talvez essa seja a única coisa boa do inverno, não precisar ter que esconder os meus doces das formigas invasoras que comem tudo o que veem pela frente.

(Fiz esse texto depois que toda a população de formigas resolveu comer o meu doce que estava em cima da pia, esperando para tirar a foto para o próximo post.)

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...