O silêncio reina absoluto lá fora. É tão quieto que chega a doer na alma. Parece que não há vida atrás da porta fechada. É tudo calmo demais e talvez isso ajude com essa situação que deixa meus ouvidos assustados. Quem é acostumado com os ruídos, o silêncio é estranho.

Aqui dentro de casa também não há barulhos. Preciso ficar quieta olhando para o teto e ficar um momento sem pensar em nada. Pensamentos vazios que me dão inspiração para escrever ou criar algo novo para o dia de hoje. Ficar assim me faz bem.

Mas algo acaba com o meu momento de contemplação do silêncio. Escuto algo e não sei o que é. Começo a prestar mais atenção ao ruído vindo do quintal. Não consigo identificar no primeiro instante. Depois percebo que são passos. Tem alguém andando no meu quintal.

Não sei o que fazer. Penso em telefonar para alguém ou tentar abrir a porta e sair correndo. Não consigo fazer nada. Continuo parada, sem saber para onde ir e o que fazer numa situação assim. O medo é assustador e me invade de um jeito inexplicável.

Depois de alguns minutos de medo, a mente se acalma e procuro buscar uma solução. Vou até a porta e olho pelo buraco da fechadura. A pessoa talvez tenha percebido a minha presença e fica quieta. Não escuto mais os seus passos. Continuo olhando, preciso ver quem é essa pessoa que está lá fora.

De repente vem um vento bem forte e escuto os passos novamente. Não consigo enxergar nada. Não tem ninguém lá fora porque o som daqueles passos eram apenas as folhas sendo jogadas pelo vento, de um lado para o outro, correndo como crianças e imitando passos pelo quintal.

(O vento fez algumas folhas secas rolarem e pensei que pudesse ser alguém andando pelo meu quintal. E a minha imaginação, o vento e as folhas me inspiraram a escrever o texto de hoje).

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...