Na minha caminhada diária, preciso andar rápido pois não tenho tempo a perder. O relógio está sempre tentando me vencer. O que me deixa chateada é que ultimamente sempre tem alguém querendo a minha atenção durante o meu percurso. Eles querem que eu te leve para casa.

Nós somos apresentados. Eu fico olhando para você, você olha para mim. Depois da troca de olhares eu digo adeus pois não quero me lembrar da sua presença. Assim termina o nosso encontro, mas sei que alguém irá nos apresentar novamente.

No outro dia acontece a mesma coisa. Somos apresentados e eu me afasto de você rapidamente. Algumas pessoas não querem nem saber da sua presença. Eles te ignoram e você fica perdido em um canto qualquer, espalhado por todos os lados.

Eu não gosto de te ver jogado no chão, sujando a calçada, atrapalhando o caminho das pessoas. O seu lugar não é no chão, mas sei que algumas pessoas não tem muita consciência do quanto é ruim te descartar e te jogar em qualquer lugar.

Só por que não faço, não significa que os outros não irão fazer. Só sei que toda vez que vier parar em minhas mãos, irei guardá-lo para mais tarde te colocar no lugar certo. Enquanto não acabar este período, terei que conviver com a sua presença, mesmo não gostando de te ver, decorando as calçadas, pois lugar de folheto de político, não é no chão.

(Eu não suporto ver um monte de folheto de político no chão. A maioria dos candidatos, nunca vi, só aparecem quando é eleição e ainda deixam o chão todo sujo de papel. Mais uma vez minha indignação se transformou em inspiração para o texto de hoje.)

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...