Ainda me lembro do dia que fui na feira e tinha uma ong doando gatos. Eu queria todos, mas minha mãe não queria saber de gatos. Quando os gatos apareceram aqui em casa não foi muito diferente. Eu e minha irmã, dávamos comida para eles longe da minha mãe para ela não perceber. Com o tempo não deu mais para esconder e ela acabou gostando deles. 

Como os outros dois gatos desapareceram, só restou o Mário Eduardo. Ele foi o mais ousado de todos e apareceu miando na cozinha. Abri a porta e ele teve medo, estava assustado. Depois de alguns dias ele fez amizade comigo, deixou de frequentar o telhado e passou a entrar dentro da casa.

Ele era magro e a minha mãe dizia que iria comprar muita ração, só para ele ficar mais gordo. Toda vez que ele miava a minha mãe brigava e falava que ele estava com fome. Eu tinha que colocar ração para ele. Resultado: ele está gordo e mia toda vez que eu me mexo. 

Não posso andar que ele vai atrás. Aliás, se vou tomar banho e não abro a porta, ele vai onde estão os meus sapatos e faz um ninho. Deita em cima dos meus sapatos e me espera sair do banheiro.

Mário Eduardo não gosta de carne. Ele só gosta de ração e tem que ser ração gostosa, senão ele não come e mia o dia todo. É muito exigente com a comida dele. Ele gosta de água de chuva e de comer na minha mão.

O nome dele parece aqueles nomes de atores das novelas mexicanas, mas não foi inspirado em nenhum ator. Ele se chama assim porque tem o comportamento muito parecido com o de uma menina que se chama Maria Eduarda. Eu nunca pensei que gatos e crianças pudessem ser tão parecidos.

É muito comum as pessoas terem apelidos e não é diferente com Mário Eduardo. Ele também tem um apelido que é Dudu. Se ele estiver dormindo e alguém falar Dudu, ele vem correndo, miando e pedindo comida, já que comer é o esporte favorito dele.

Tirar fotos dele é praticamente impossível. Ele odeia câmeras e celulares. Mário Eduardo olha para mim e assim que pego a câmera, ele vira a cara, mas adora brincar com o meu fone de ouvido.

Eu nunca tive gatos e conviver com ele está sendo um grande aprendizado. Mário Eduardo é tranquilo, calmo, não tem o costume de subir nas coisas e está sempre na cama dele que é um travesseiro fofo. 

Antes eu falava que ele era o gato do vizinho, mas agora ele é meu. Eu não estava pensando em adotar um pet, mas Mário Eduardo praticamente me escolheu, me adotou. Ele chegou para trazer muitas alegrias e brincadeiras pela casa. Chegou para mostrar que para amar não é preciso muito, basta apenas querer. 

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...