Era mais uma manhã de inverno e eu acordei bem animada. Quando isso acontece, me arrumo e vou em direção a praça. Seria apenas mais um dia onde eu teria que tirar algumas fotos. 

Cheguei na praça e observei que algo diferente. Olhei para os lados procurando outras pessoas ou alguém conhecido. Não encontrei ninguém. Esperei alguns minutos porque eu não gostei muito daquela presença e eu preciso tomar cuidado, já que estou sozinha. 

Esperei por mais de 15 minutos e não teve solução. Continuava ali. Então, observei o que tinha em volta da praça. Além das casas, havia uma loja, casa de ração, restaurante, uma casa em reforma e cheia de funcionários trabalhando. 

Depois de ver que no local tinha muitas pessoas que poderiam me ajudar, fiquei mais calma. Então, deixei o medo de lado e arrumei as coisas. Tripé e câmera prontos, chegou a hora de fotografar e não dar muita importância para o que havia me deixado preocupada. 

Após algumas fotos, ele levantou, olhou para mim e veio na minha direção. Eu só pensei na minha rota de fuga e no quanto eu iria gritar por socorro. Alguém iria me ouvir. 

Quando chegou perto, sorriu, me cumprimentou e ainda perguntou se eu era fotógrafa profissional. Quase tive um ataque de risos e falei que só tirava fotos por diversão. Ele me explicou que precisava de fotógrafo para um trabalho, mas que iria continuar procurando por alguém. 

Nós conversamos um pouco, ele sorriu, se despediu e foi embora. Foi embora levando junto o meu medo de ter visto apenas um homem sentado no banco da praça. 

(No dia que fui fotografar na praça, havia um homem sentado que me deixou com um pouco de medo, mas depois percebi que era alguém bom e que morava ali perto. Assim nasceu a inspiração para o texto de hoje). 

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...