Eu fui convidada para um jantar. Fiquei feliz só com o convite, só por ir num lugar diferente. Aceitei rapidamente, sem imaginar que algo poderia dar errado. 

Quando cheguei fui bem recepcionada por todos que estavam lá, incluindo a pessoa que me convidou para o jantar. Eu só conhecia o dono da casa, mas com alguns minutos uma boa conversa fluiu e logo senti como se conhecesse todo mundo, a vida toda. 

No momento mais aguardado, olhei para a mesa e já abri um sorriso. Eu me senti muito aliviada ao te ver e notar que o final da minha noite seria perfeito. Pude perceber que outras pessoas também ficaram felizes. Você foi bem aceito por todos os convidados. 

Sentei no meu lugar, tentando controlar a ansiedade. Olhei para você e te trouxe para perto de mim. Peguei os talheres e te coloquei na boca. Teve a primeira mordida, a segunda, olhei para um lado e para o outro. Todos os outros convidados pareciam felizes com o seu sabor. 

Se a primeira garfada foi difícil, imagine um prato todo. Foi praticamente uma tortura. Você estava bem diferente de como eu gosto. Faltava algo. Talvez um pouco de tempero ou sal, não consegui identificar, até que soube da resposta. Você foi feito em casa, com produtos que não costumo consumir. 

Senti um alivio por não te ver mais no meu prato. Todos elogiaram o anfitrião do jantar e eu só pensando em como falar a verdade. Achei melhor dizer que a noite foi maravilhosa, excluindo a parte em que tive que fingir. 

Você é e sempre será um dos meus pratos favoritos, desde que não seja produzido em casa, com ovos orgânicos e que não esteja mole. Meu querido macarrão, você é perfeito quando vem dentro de um pacote e eu te cubro com mil ervas e temperos.

(Fui convidada para um jantar, mas o macarrão estava bem ruim para o meu paladar que não gosta de macarrão feito em casa, mole e com gosto de ovo. Valeu como experiência e inspiração para o texto de hoje).

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...