Não tem nada mais gostoso que ficar em casa, sem fazer nada de pijama, deitada na cama, lendo um livro ou assistindo televisão. E foi dessa maneira que planejei o meu final de semana. Bem no estilo largada, desarrumada e feliz. 

Aproveitei o frio para tomar um chá e comer pipoca. Tudo estava lindo e perfeito, sem ninguém para atrapalhar e estragar a minha solidão de uma tarde de inverno. Só que quando tudo está muito bom, algo acontece para mudar e transformar o meu final do dia. 

Foi nessa hora que ouvi vozes lá na frente. A minha solidão estava ameaçada e o meu sossego iria embora em breve. Começou a minha luta para encontrar a chave que sempre se esconde quando preciso dela. Alguns instantes depois encontrei a chave perdida na minha bolsa. 

Fui correndo abrir o portão. Conversei com uma pessoa que queria falar com a minha mãe, que não estava e eu não tinha ideia a hora que voltaria. Falei a hora que talvez minha mãe chegaria, mas eu não tinha certeza de nada. A pessoa foi embora e voltei para o conforto da minha cama ao lado da minha querida solidão. 

Só que perto do horário que falei que minha mãe chegaria, a pessoa voltou. Dessa vez entrou no corredor de minha casa e ficou me chamando. Eu tinha que me preparar para levantar, procurar a chave de novo e andar devagar no quintal que estava escuro. 

E o que a pessoa apressada fez? Foi embora antes que eu pudesse sair e recebê-la. Eu andei à toa no meio do quintal escuro, tudo isso porque a pessoa acredita que eu sou obrigada a abrir o portão rapidamente.

Tudo seria diferente se a pessoa tivesse usado um simples aparelho chamado celular. 

(Tem gente que só vem na minha casa para pedir favor, não sabe usar o celular e ainda quer um rápido atendimento. Eu não tenho pressa, mas aproveitei o fato para escrever o texto de hoje).

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...