Felicidade é ficar em casa, sem nada para fazer, olhando para a televisão e comendo um pote enorme e cheio de pipocas. Assim seria mais uma tarde do meu domingo. O não fazer nada também é muito inspirador para mim. 

Até que chega a minha irmã desesperada. Ela ouviu um barulho. Eu odeio ouvir barulhos diferentes, a minha imaginação pensa em coisas assustadoras. Sempre penso em fantasmas ou em bichos horripilantes. 

Só havia uma solução, ir até o lugar que estava fazendo aquele barulho diferente. O mais estranho é que o som vinha do banheiro, com a porta fechada, seria bem difícil imaginar o que estaria lá dentro. 

Abrimos a porta bem devagar e não vimos nada. O barulho diferente parou no instante que a porta foi aberta. Nós pensamos que seria algo vindo da nossa imaginação ou o vizinho que estava fazendo alguma reforma na casa dele. 

Fechamos a porta e o barulho recomeçou. Foi a certeza que algo estava lá dentro. Então, abri a porta bem rápido e vi que algo se mexia. Estava indo de um lado para o outro, perdido e sem direção. 

Era a hora de fazer algo e não deixar nada de mal acontecer com aquela criatura. O meu gato, Mário Eduardo, poderia aparecer a qualquer instante, mas ficamos atentas para que ele não atrapalhasse o nosso resgate.

A porta do banheiro ficou aberta para que ele pudesse sair. Enquanto eu e minha irmã ficamos prestando atenção no Mário Eduardo, ele saiu desorientado pela casa até encontrar uma porta. Já no quintal, ele pode reencontrar a sua mãe e voar para longe. 

Depois que ele foi embora surgiu a duvida. Como um filhote de pardal, que mal sabia voar, foi parar dentro do meu banheiro, se a janela e a porta estavam fechadas? 

(Sempre tem muitos pássaros no meu quintal, mas dessa vez apareceu um filhote de pardal dentro do meu banheiro. Ele era tão lindo que acabou sendo a inspiração para o texto de hoje).

Por hoje é só pessoal...

Beijinhos e até mais...