No mês de maio eu tive apenas um objetivo: ficar em casa. Só quero ter um momento comigo mesma e aprender coisas novas e diferentes. Eu também quero voltar a fazer o meu antigo hobby que é desenhar e rabiscar em cadernos. 

Também estou colocando novos hábitos em minha vida para que o meu eu do futuro se orgulhe do meu eu do passado. Por conta disso e de alguns momentos de estudo, deixei alguns passeios de lado. O mais importante é que estou bem com o que estou fazendo e aprendendo, mesmo permanecendo um tempo maior dentro de casa. 

Estando mais em casa, até fiquei alguns momentos assistindo televisão com a minha mãe, algo que não fazia há muito tempo. E foi pela televisão que descobri toda a tragédia no Rio Grande do Sul. A minha tristeza foi tão grande que até parei de acompanhar as notícias porque não estava me fazendo bem.

A minha cidade sempre faz campanhas para ajudar as pessoas e dessa vez não foi diferente. Muitos estabelecimentos comerciais e transportadoras se uniram com a população para levar algo para as pessoas do sul, que estavam passando pelo pior momento de suas vidas.

Eu tenho umas 3 sacolas de roupas para doação e logo pensei que seria algo útil para alguém. Em uma tarde de domingo, separei as peças por categorias e algumas lavei porque estavam com cheiro de poeira. Elas seriam doadas na arrecadação de inverno da minha cidade, mas como esse ano o clima está mais quente, não houve a campanha.

O meu objetivo seria levar as roupas até o shopping e junto com uma transportadora, eles levariam tudo o que seria doado para o sul. Só que no domingo à noite, vi um vídeo de uma menina dizendo que não era para ninguém doar nada para eles e que eles iriam se reerguer sozinhos. 

Depois vi outro vídeo de uma outra menina dizendo que se fosse para doar roupas, que eles estavam precisando só de roupas de inverno e que as blusinhas de verão não são necessárias. Quem quisesse doar as blusinhas de verão que fizesse em sua cidade de origem e não mandasse para eles.

Infelizmente, não tenho blusas de inverno que sejam no padrão do sul. As minhas blusas são mais leves e as que eu tenho mais grossas são para eu ir trabalhar. Não posso doar as minhas roupas e passar frio. Até os pontos de arrecadação de roupas por aqui, estão pedindo agasalhos e alguns não estão mais aceitando roupas consideradas de verão.

Quando olho para as sacolas, tenho vontade de chorar. Eu perdi o meu tempo, o meu sabão, a minha água e ainda ouvi palavras de ingratidão. Na minha cidade não existe nenhum tipo de regra para fazer doações de roupas e nunca vi nenhuma instituição exigir receber somente agasalhos. Tudo é sempre bem-vindo e até as roupas rasgadas são usadas para fazer camas para os pets nos abrigos.

Eu levei uma foto com algumas roupas que eu gostaria de doar até um ponto de arrecadação. A atendente olhou para a minha foto e disse que era melhor não enviar. Outras pessoas também estavam lá com fotos de suas roupas e a atendente dizendo que não seria aceito por não ser um agasalho mais grosso. Todos nós estávamos indignados, até a atendente estava perplexa, mas ela só estava cumprindo ordens. 

Foto das minhas blusinhas de verão. 

Depois de um fato triste, preciso mostrar algo mais divertido que está acontecendo sempre em minha casa. 

Quando mudamos para a casa nova, minha mãe falou que nenhum bicho iria subir nas coisas dela. No início até foi fácil. Eles estavam bem assustados e com medo. Com o tempo foram se acostumando e tomando conta da casa nova.

Atualmente, já não se escondem mais e dão algumas voltinhas pelo quintal. Eles gostam de tomar sol e espiar por baixo do portão. Todos ficaram muito tempo dentro de casa, até que o pedreiro levantasse o muro mais alto, para que eles não subissem e partissem para a rua.

O lugar favorito dos gatos é dentro de casa mesmo, de preferência dentro do quarto da minha mãe. Quando saem é para dar uma simples voltinha e depois voltam para o quarto. Cada um vai dormir em sua cama.

Um belo dia, todos os gatos estavam andando pela casa durante a noite. Eu, minha irmã e minha mãe estava cada uma em seu quarto. Então, fui beber água e vi um lindo vaso amarelo em cima da mesa. Era o Herculano.

Não resisti a tanta fofura e corri para fotografar e mostrar para a minha mãe no dia seguinte. Ela disse que não vai aceitar gatos na mesa dela, mas eles sempre dão um jeito de subir quando não tem ninguém por perto observando suas travessuras. 

E quando o mês de maio chega ao fim temos o que: mês de junho chegando. Como ultimamente, as datas sempre estão mais aceleradas, já vi algumas barracas de festa junina nos supermercados me convidando para comprar as guloseimas. 

No final de maio eu já comprei paçoca, amendoim, milho e pamonha. A minha gula não resiste a tantas gostosuras. Para o mês de junho quero comprar mais.

Não vou em nenhuma festa junina, mas a camisa xadrez já está pronta para ser usada, caso alguma festa junina aparecer de última hora. 

 Agora já posso aguardar pelas novidades que estão por vir no mês de junho.